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João Cláudio Genu |
O revisor do julgamento do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, votou nesta segunda-feira (24), no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, pela condenação do ex-assessor parlamentar do PP (Partido Progressista) João Cláudio Genú pelo crime de corrupção passiva e do ex-sócio da corretora Bônus Banval por lavagem de dinheiro.
O magistrado absolveu Genú da acusação de lavagem de dinheiro. Lewandowski ainda analisará as acusações contra Breno Fischberg, ex-sócio de Quadrado na Bônus Banval.
Lewandowski rejeitou a tese da defesa de Genú, que argumentou que ele era um mero intermediador dos repasses de dinheiro. "João Cláudio Genú não era um mero intermediário dos repasses", afirmou Lewandowski. Para o magistrado, é difícil acreditar que um economista, que prestou assessoria para vários deputados, além de já ter sido tesoureiro do PFL (atual DEM), "tenha atuado apenas como interposta pessoa para repassar os valores descritos na denúncia".
O ex-assessor parlamentar e os ex-sócios da corretora também respondem à acusação de formação de quadrilha, conduta que será julgada por Lewandowski posteriormente.
De acordo com a denúncia da Procuradoria Geral da República, as empresas de Marcos Valério --apontado como o operador do mensalão-- repassaram, a mando da cúpula do PT, R$ 4,1 milhões para os parlamentares do PP. Desse total, R$ 2,9 milhões foram entregues em malas ou sacolas, e R$ 1,2 milhão foi transferido pela sistemática de lavagem de dinheiro operacionalizada pela Bônus-Banval.
O revisor do processo do mensalão retomou nesta segunda seu voto sobre a participação de integrantes de partidos da base aliada do governo federal acusados de receber pagamento em troca de apoio em votações no Congresso Nacional no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006).
Na última quinta-feira (20), Lewandowski votou sobre dois réus do PP, mas, devido ao adiantado da hora, teve que interromper a leitura. O revisor iniciou seu voto sobre o item 6 do processo com a condenação do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE) por corrupção passiva, mas o absolveu da acusação de lavagem de dinheiro.
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